Wednesday, September 25, 2013

Palavras sobre nada

Começo esse texto com uma frase de pensamento: acho que eu vou escrever.

Sempre que escrevo, escrevo pela vontade que vem, de dizer algo à alguém, de debater certo assunto, seja comigo mesma, ou de sanar questões, expor opiniões, ou apenas deixar as palavras livrarem.

Engraçado como a gente apaga e escreve tudo de novo, de outra forma, ou escreve algo totalmente diferente, como agora aconteceu. Engraçado que reflito agora que a vida é assim. A gente escreve, depois apaga, daí escreve de novo, as ideias vão mudando, o tempo vai passando, a gente amadurece as palavras, deixa elas irem, virem, voarem.

É,... após alguns momentos de pausa e reflexão antes de continuar percebo que não consigo escrever sobre a vida, ou sobre o nada, até porque a vida é tudo ao mesmo tempo, e o nada, ah, o nada é o nada, dentro dele coexistem muitas vidas.

Falar da vida é falar de palavra, de junção de elementos, de vogal, de consoante, de tempo verbal, de maiúsculas e minúsculas, de sistema.

Pronto, a vida não é o nada, mas o todo que está sempre, a cada instante, escrevendo e apagando, para que o sentido desta seja não o ser, o permanecer, mas o estar sendo...

Sobre o quê mesmo eu estava escrevendo?