Saturday, June 4, 2011

O maior no reino dos céus


Quando eu era uma pequena garota eu brincava e minhas brincadeiras não precisavam de muitas explicações. Minhas ações corporais não precisavam ser explicadas. Era curiosa e isso me transportava a outros lugares, pensamentos, sensações. Palavras eram ao acaso, dependiam dos momentos no espaço-tempo, de estados corporais próprios.

As crianças sempre foram consideradas pelos adultos como ignorantes, sem conhecimento, sem responsabilidades. Mas o que é mesmo o conhecimento? O que é ser responsável? Na verdade, os adultos não querem percebê-los e dar tempo às suas indagações, curiosidades, necessidades. Estão sempre muito ocupados em seus afazeres. São solitários.

Não há problemas no fazer e no ser solitário, a diferença está em estar em cada momento, aproveitar cada instante, cada pedaço de uma história que vai se construindo em uma trama de relacionamentos, com pessoas e com ambientes.

A criança, em seu planeta imaginário, simplesmente vive, se relaciona, sabe cativar, é capaz de estar presente em cada instante. Ela apenas faz. Ela apenas se diverte. Ela brinca. Ela dá risada. Nela se encontra a felicidade, que mesmo solitária, cuida de seu planeta e de tudo ao seu redor. Com muito carinho e atenção.

Os adultos são mais responsáveis que as crianças? Eles conhecem mais que as crianças? É como disse a personagem da raposa ao Pequeno Príncipe: “Você é responsável por aquilo que cativas.” E é como disse Jesus em Mateus 18:1-5: “... se vocês não se tornarem como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.”

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