O amor: um mecanismo complexo
Por Danielle Greco
Por Danielle Greco
“De que vale estudar se o conhecimento não se transformar em amor?” Antônio de Pádua, filósofo do século XIII, iniciava todas as suas aulas com esta frase. Apaixonar-se por alguém, é mais poético do que apaixonar-se por uma poesia. Porém, isso apenas acontece com facilidade nos contos de fada, em histórias escritas, por pessoas buscando cada vez mais, o hedonismo, um amor incondicional que supre necessidades, o prazer de viver.
Amar é um verbo e não um sentimento, o amor, somos nós que escolhemos, se queremos vivê-lo ou não, quem amar e quem deixar de amar. É um livre arbítrio. A partir do momento que amamos, estamos escolhendo viver de determinada maneira com determinadas pessoas, e nos inserimos em um sistema. Este amor, não é incondicional - como o amor de Jesus Cristo por nós -, é condicional, pois todos os sistemas assim o são. Uma das regras do amar é se adequar ao sistema, onde muitas vezes, para isso, sofrem-se torturas e agressões.
O amor é um mecanismo complexo e se determina hoje, como pragmático em nossa sociedade, a lógica das idéias e atos de qualquer pessoa se determina como verdades apenas se estas servirem soluções imediatas de seus problemas, sem analisar suas conseqüências.
Adoro seus textos. Este é ainda muito mais especial pois diz respeito do sentimento mais incrível e maravilhoso que nós seres humanos podemos sentir: O amor.
ReplyDeleteSentimento tão discutido, estudado... Quem porventura nunca o sentiu, quem nunca se apaixonou, quem nunca amou?
O amor é estado de graça, é presente divino.
O amor nem sempre é capaz de ser explicado, mas simplesmente senti-lo.
Muitas vezes amamos sem ao menos saber o porque e o que é que amamos. Drumond, falou sobre isto em um dos seus lindos poemas:
As SEM-razões do amor
"Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
..."
Muitas vezes o amor é inexplicável, não precisamos de cem razões para amar, mas amamos mesmo que sem-razões para isto.
Mas concordo quando você diz que o amor é condicional e que o único incondicional seja o divino.
Certa vez Rilke, escreveu uma oração que dizia mais ou menos assim:
"... livrai-me da dor da paixão não correspondida, e também livrai-me da maior dor que é a da paixão correspondida".
Paixão é desejo, é querer estar com alguém querido o tempo todo...
Quando se está apaixonado queremos ouvir a voz da outra pessoa todo o tempo possível, queremos dar e receber carinho, sentir o cheiro, poder tocar, abraçar...
E quando esta paixão NÃO é correspondida, sentimos uma dor avassaladora no peito.
Pode existir uma dor ainda maior, que é aquela em que a paixão um dia FOI correspondida, mas com o passar do tempo aquele sentimento incial de conquista e de conhecimento mútuo vai se esfriando e ai um deles deixa de retribuir a paixão inicial.
Infelizmente isto é muito comum de acontecer entre os casais... Isto pode se dar por inúmeros motivos: Como você disse, pelo Hedoísmo... ou pelos inúmeros tipos de "excessos", daí um acaba sufocando o outro e isto é fatal em um relacionamento.
Como você disse o amor pode ser compreendido como um mecanismo, verbo; ou apenas um sentimento...
Mas qualquer que seja o termo a ser dado a ele, todos concordamos que ele é complexo, bem complexo... mas felizes ou infelizes somos nós que somos capazes de sentí-lo.
É isto...
bjs.
Você compreendeu o teor da mensagem, muito bom ver que pessoas leêm e se inspiram em escrever outras coisas!!!
ReplyDeleteContinue escrevendo!
Beijos