Saturday, September 10, 2011

O Corpo Teológico na Arte e Cultura

O amor: um mecanismo complexo
Por Danielle Greco

“De que vale estudar se o conhecimento não se transformar em amor?” Antônio de Pádua, filósofo do século XIII, iniciava todas as suas aulas com esta frase. Apaixonar-se por alguém, é mais poético do que apaixonar-se por uma poesia. Porém, isso apenas acontece com facilidade nos contos de fada, em histórias escritas, por pessoas buscando cada vez mais, o hedonismo, um amor incondicional que supre necessidades, o prazer de viver.

Amar é um verbo e não um sentimento, o amor, somos nós que escolhemos, se queremos vivê-lo ou não, quem amar e quem deixar de amar. É um livre arbítrio. A partir do momento que amamos, estamos escolhendo viver de determinada maneira com determinadas pessoas, e nos inserimos em um sistema. Este amor, não é incondicional - como o amor de Jesus Cristo por nós -, é condicional, pois todos os sistemas assim o são. Uma das regras do amar é se adequar ao sistema, onde muitas vezes, para isso, sofrem-se torturas e agressões.

O amor é um mecanismo complexo e se determina hoje, como pragmático em nossa sociedade, a lógica das idéias e atos de qualquer pessoa se determina como verdades apenas se estas servirem soluções imediatas de seus problemas, sem analisar suas conseqüências. 

2 comments:

  1. Adoro seus textos. Este é ainda muito mais especial pois diz respeito do sentimento mais incrível e maravilhoso que nós seres humanos podemos sentir: O amor.

    Sentimento tão discutido, estudado... Quem porventura nunca o sentiu, quem nunca se apaixonou, quem nunca amou?

    O amor é estado de graça, é presente divino.

    O amor nem sempre é capaz de ser explicado, mas simplesmente senti-lo.

    Muitas vezes amamos sem ao menos saber o porque e o que é que amamos. Drumond, falou sobre isto em um dos seus lindos poemas:

    As SEM-razões do amor

    "Eu te amo porque te amo,
    Não precisas ser amante,
    e nem sempre sabes sê-lo.
    eu te amo porque te amo.
    Amor é estado de graça
    e com amor não se paga.
    ..."

    Muitas vezes o amor é inexplicável, não precisamos de cem razões para amar, mas amamos mesmo que sem-razões para isto.

    Mas concordo quando você diz que o amor é condicional e que o único incondicional seja o divino.

    Certa vez Rilke, escreveu uma oração que dizia mais ou menos assim:

    "... livrai-me da dor da paixão não correspondida, e também livrai-me da maior dor que é a da paixão correspondida".

    Paixão é desejo, é querer estar com alguém querido o tempo todo...
    Quando se está apaixonado queremos ouvir a voz da outra pessoa todo o tempo possível, queremos dar e receber carinho, sentir o cheiro, poder tocar, abraçar...
    E quando esta paixão NÃO é correspondida, sentimos uma dor avassaladora no peito.

    Pode existir uma dor ainda maior, que é aquela em que a paixão um dia FOI correspondida, mas com o passar do tempo aquele sentimento incial de conquista e de conhecimento mútuo vai se esfriando e ai um deles deixa de retribuir a paixão inicial.

    Infelizmente isto é muito comum de acontecer entre os casais... Isto pode se dar por inúmeros motivos: Como você disse, pelo Hedoísmo... ou pelos inúmeros tipos de "excessos", daí um acaba sufocando o outro e isto é fatal em um relacionamento.

    Como você disse o amor pode ser compreendido como um mecanismo, verbo; ou apenas um sentimento...
    Mas qualquer que seja o termo a ser dado a ele, todos concordamos que ele é complexo, bem complexo... mas felizes ou infelizes somos nós que somos capazes de sentí-lo.

    É isto...
    bjs.

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  2. Você compreendeu o teor da mensagem, muito bom ver que pessoas leêm e se inspiram em escrever outras coisas!!!

    Continue escrevendo!

    Beijos

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